No dia 13/02, sábado, por volta das 14:00h, marginais estavam autuando no Terminal Princesa Isabel, uma das vítimas teve seu celular subtraído após ter sido empurrada e lançada ao solo.
A jovem não aceitou a insolência do bandido e nem a humilhação que havia passado, rapidamente buscou informações a respeito da localização do seu celular por intermédio de recursos tecnológicos e, após aproximadamente duas horas, recebeu o retorno de que seu aparelho estava nas proximidades do fluxo de usuários de entorpecentes, a conhecidíssima “Cracolândia”.
Ciente que o local era bem próximo da área onde ocorreu o crime, deslocou-se até as proximidades e, na Alameda Dino Bueno cruzamento com Rua Helvetia, teve a felicidade de encontrar uma equipe da Guarda Civil Metropolitana, prontamente foi recepcionada pela agente Daniela que coletou dados para iniciar os trabalhos em prol da solicitação.
- Juntamente com Guardas Rufino e Fernando, iniciaram-se diligências naquele local que é um dos principais acessos do fluxo de usuários, os dois agentes passaram a observar com intensidade o público que já estava inserido no aglomerado e a policial Daniela, encarregada da equipe, repassou as informações a todas equipes locais e permaneceu firme na análise das características para localizar possíveis suspeitos. Todas as equipes daquela região ficaram firmes nas buscas, fato que deve ter levado os infratores ao desespero e aconteceu o que a policial esperava.
Apesar da vítima ter narrado que um homem tinha praticado o crime, os policiais, que já trabalham com aquele público quase que diariamente, estavam atentos a homens e mulheres, fato que foi primordial para o êxito da ação, tendo em vista que a policial Daniela narra que percebeu um aumento da intensidade de pessoas adentrando ao fluxo e ficou evidente que queriam confundir os agentes.
Poucos minutos depois a policial notou que uma mulher estava ocultando algo debaixo da vestimenta e demonstrou extremo nervosismo ao contrair o corpo e baixar a cabeça para esconder a face, ali estava legitimada a fundada suspeita e foi dada voz de voz de abordagem.
Ao iniciar os procedimentos da abordagem, os agentes Rufino e Fernando foram firmes contra os que hostilizaram a ação e rapidamente estabilizaram as manifestações contrárias que, via de regra, transformam-se em virada de fluxo.
Cerca de mais quatro equipes da Guarda Civil Metropolitana estiveram no local e, sob a supervisão do Classe Distinta Freire, a equipe evitou a evasão da abordada e não permitiu intervenções dos usuários e dos dependentes que geralmente causam confusões com objetivo de resgatar bandidos das mãos da polícia.
- A policial confirmou sua suspeita, durante a busca encontrou o celular que a vítima já reconheceu de longe.
- Diante da convicção da vítima e a falta de conhecimento da origem alegada pela abordada, a equipe deu voz de prisão pelo crime de receptação e conduziu as partes ao 02º DP.
No distrito policial a meliante declarou que recebeu de um homem a quantia de R$ 70,00 (setenta reais) para transportar o objeto até uma padaria e assim o faria porque está passando por dificuldades financeiras.
Versão contraditória, a julgar pelo fato de que alega ter corrido riscos para receber R$ 70,00 (setenta reais), mas no DP foi assistida por advogado particular, porém cabe a Polícia e ao Ministério Público descobrir e dar publicidade a verdade.
A autoridade plantão, Dr. Kauê Danillo Granata, ouviu as partes e, preliminarmente, firmou seu convencimento pela ocorrência do crime de receptação, ratificou a voz de prisão dada pelos guardas civis metropolitanos, em contrapartida, considerando que o crime não possui pena máxima superior a quatro anos, foi arbitrada fiança no valor de 550,00 (quinhentos e cinquenta reais), valor que foi apresentado pela conduzida e garantiu o alvará de soltura para que ela possa responder em liberdade.
Felizmente a Guarda Civil Metropolitana pôde contar com a motivação e empenho dos seus agentes que investiram na experiência e força de vontade para fazer valer a justiça, razões pelas quais devemos valorizar e apoiar nossos aliados na luta contra o “poder paralelo” que, lentamente, através de intervenções políticas ardilosas e fazendo mau uso poder público, quer inverter valores e mudar as regras.
Que sejam efetuadas mais prisões e que a Polícia Judiciária e o Ministério Público deixem claro o que alguns querem contrariar:
Cracolândia tem doentes, mas está tomado de BANDIDOS, não tem bandidos e está tomada de doentes!
REFERÊNCIA: BOLETIM DE OCORRÊNCIA 594/2021 – 02º DP
1 comentário
Mais uma brilhante exposição do pleno conhecimento do assunto abordado.
Meus sinceros parabéns ao nobre colega!