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Lutar contra as artimanhas daqueles que administram o tráfico de drogas na “cracolândia” exige muita paciência, observação e discernimento para não cair nas armadilhas que são preparadas diariamente.
Bater de frente com ativistas de movimentos sociais, representações políticas, com os bandidos, líderes religiosos ou até mesmo com os viciados é um desgaste desnecessário e que muitas vezes produz resultado positivo apenas para promoção dos hipócritas, tendo em vista que para eles, serem vistos como vítimas já é uma vitória.
Crimes diários, perturbações diversas e ainda exigência de tolerância as afrontas dos malandros que fizeram do bairro uma dominação do poder paralelo, uma zona de conforto a todo aquele que é contrário a obediência as regras e opositor da moral e dos bons costumes.
O fato é que a Constituição Federal perde sua essência e, exclusivamente, no “fluxo” e proximidades passam a valer apenas direitos e os deveres são ignorados. A indignação daqueles que escolheram o caminho da cidadania e honestidade é grande, em contrapartida a força daqueles que optaram pela inversão de valores é expressiva.
Ideologias distorcidas!
Sob alegação do direito à liberdade de opinião e de expressão é que atuam os defensores da legalização das drogas e por consequência já militam em prol dos direitos humanos com foco na resistência contra ação da ação da polícia e dos interesses de uma boa parcela dos moradores que têm se queixado dos problemas gerados pelo tráfico de drogas e seus reflexos.
Promover os direitos humanos e de opinião seria algo interessante, se fosse apresentado com essência legalista e analogia voltada para o bem estar público, mas a verdade é que todas essas manifestações não passam de apologias e suportes ao sistema de venda de drogas, a militância existe, em contrapartida aumenta o número de usuários e crimes na região, sendo assim é notório que é uma militância ineficiente e pervertida.
A Ciência Jurídica deixa a desejar quando o assunto é a justiça aplicada aos menos favorecidos, ainda há uma distância imensurável entre verdade e justiça, considerando que em muitos casos aquele que registra suas manifestações acaba sendo privilegiado diante do Poder Judiciário que em muitos casos ignora a supremacia do interesse público, levando em consideração o silêncio daquele que não tem forças ou instrumentos para manifestar como consentimento ou reconhecimento de veracidade daquilo que a outra parte manifestou, desse modo não é nenhum exagero afirmar que um bandido com assessoria jurídica tem muito mais chances de ter razão quando o opositor é o cidadão que não tem representatividade.
Assim que ocorre com os moradores do bairro Campos Elíseos que carregam nas costas o ônus de serem vizinhos de uma das maiores bocas de tráfico do país , organização criminosa assistida por canalhas com formação acadêmica que possuem como padrinhos políticos e pessoas públicas que através do poder de influência “forçam” as coisas serem favoráveis aos bandidos.
Temos como exemplo o homem inconveniente que grita importunando moradores e os injuria sabendo que eles não têm quem os representem em uma delegacia ou no Ministério Público, mas quando o mau caráter recebe advertências ou é reprimido pela polícia em virtude de suas posturas, prontamente recebe apoio jurídico com direito a publicação de matérias tendenciosas a seu favor.
O mesmo ocorre com a idosa que afronta as forças de segurança ou a mulher que diz não aceitar ser abordada pela polícia porque tem influência política e é candidata, também é exemplo de injustiça oculta a “pastora” que diz ter contato direto com pessoas influentes da prefeitura e o padre que menciona ter bons advogados e poder de destruir imagem de qualquer pessoa através de publicidades tendenciosas.
É nas redes sociais e páginas da internet que estão as mais venenosas de todas as cobras que atacam os moradores e de forma ardilosa, fantasiam a boca de tráfico para parecer um local de pessoas pobres e doentes, com o único de intuito de ludibriar aqueles que não conhecem a verdade e desse modo gerar opinião pública favorável a resistência da cracolândia.
E para os moradores o que sobra?
A frustração diante das violações de seus direitos e ainda o risco de serem considerados os vilões da história, haja vista que os falsos moralistas usam suas armas para rotularem aqueles que se opõem como criminosos.
É por isso que o povo do bem precisa agir com muita sabedoria e não ceder ao jogo de provocações do inimigo. Não é fácil suportar calado as hipocrisias e apologias as ações criminosas, contudo eles possuem assessoria jurídica e são instruídos a agirem em cima do erro dos opositores.
Morador do Bairro Campos Elíseos, todos sabem o quanto você tem sido vítima, porém o sistema é muito rigoroso com as formalidades, sendo assim você precisa seguir as “regras do jogo” e saber que cabe a você produzir provas de toda ilegalidade que presencia.
Não é por força, nem por violência, o combate é intelectual e jurídico.
As armas são as provas e o acionamento do Ministério Público em desfavor dos criminosos.
As provas são essenciais para exposição das verdades e conquistar decisões judiciais favoráveis, portanto segue abaixo algumas posturas positivas na briga jurídica contra a cracolândia e sua representação de resistência:
REGISTRAR FOTOS OU FILMAGENS DOS CRIMES E CRIMINOSOS
Uma ação que inspira cuidados para não sofrer retaliações, mas sempre que possível e em local seguro, registrar o uso e a venda de entorpecentes, assim como também a presença de crianças, idosos e principalmente, gravar e fotografar presença de ativistas ou militantes favorecendo ou praticando crimes.
Atividades sexuais em locais impróprios, roubos e furtos também devem ser registrados.
É um trabalho que deve ser feito silenciosamente para evitar inimigos e os registros apresentados apenas para o profissional ou autoridade competente.
TESTEMUNHAS
Sempre que sofrer com as ameaças ou hostilidades, arrole uma testemunha, anotando horário, local e características de todos os envolvidos, como por exemplo: Rua Helvétia, às 11:00, moreno, cavanhaque, com bagagens de pães, acompanhado de uma senhora de cabelos brancos curtos, magra e blusa preta.
Importante que seja uma testemunha imparcial, alguém que viu a ação ilícita e tenha o propósito de confirmar tudo que viu a qualquer pessoa (não é interessante ter como testemunha amigos ou familiares).
Assim como as imagens, os registros referentes às testemunhas devem ser feitos de forma cautelosa e silenciosa, o interesse é apenas ter prova para futuros registros de ocorrências ou apresentá-las em processos na justiça.
DOCUMENTOS
Todo registro que estiver em papel, que vai desde uma publicação em Diário Oficial à print´s de redes sociais onde for verificada alguma irregularidade que pode ser uma ameaça, incitação a violência, apologia ao crime, injúria, calúnia ou difamação.
- Os Boletins de Ocorrências e as solicitações feitas junto aos órgãos públicos também são importantes.
- Reportagens de órgãos confiáveis em que na publicação há o registro da fonte, também merecem atenção.
- Registros de manutenções realizadas para reparar danos causados pelos usuários são úteis para retratar a problemática.
- Em síntese, tudo que gerar um documento relacionado a elucidação de uma prática criminosa ou reparação de danos.
OBJETOS
Todo objeto que tenha utilidade para provar uma violação penal ou ser instrumento provocador de um dano deve ser colhido, principalmente quando houver necessidade de acionar a polícia e o causador estiver no local.
Tenha como exemplo uma tentativa de invasão a um condomínio ou veículo, assim que for acionada a polícia, apresente tudo que o meliante usou em sua investida (chaves, “pé de cabra”, ferramentas, etc.)
O mesmo serve para armas de brinquedos, rojões, facas ou qualquer outra coisa que tenha sido usada na prática de um crime.
ATA NOTARIAL
Com previsão no artigo 384 do Código de Processo Civil, um instrumento muito valioso contra os abusos praticados por meios eletrônicos.
O tabelião pode lavrar ata constando tais ocorridos (as conversas no facebook, whatsapp ou publicações), assim como também dados representados por som em arquivos eletrônicos.
Apesar da internet ser um ambiente democrático, nela deve prevalecer o respeito as normas, portanto as violações são passíveis de representações perante o Ministério Público.
ACIONE O PODER PÚBLICO E EXIJA SEUS DIREITOS
Ciente dos direitos, de onde eles devem ser cobrados e os limites que devem ser impostos as emoções provocadas pela indignação, o morador do bairro Campos Elíseos precisa colocar em prática o exercício da cidadania.
Perturbação do sossego público, ameaça, injúria, danos, crimes ambientais, furtos e roubos, além de dezenas infrações administrativas, um cenário que exige muito equilíbrio emocional e motivação para agir dentro do que preceitua a lei.
Existem violações que exigem que a parte interessada acompanhe o policial até o DP, sendo assim, nos casos de Perturbação do sossego por exemplo, o morador deve acionar a polícia e na ligação mencionar que estará presente para acompanhar o atendimento e quer representar o responsável (processá-lo), o mesmo ocorre com a ameaça e injúria.
Sugestão: DIANTE DE SITUAÇÕES PERANTE USUÁRIOS, ONG´S OU MOVIMENTOS SOCIAIS QUE ESTIVEREM VIOLANDO SEU DIREITO, ACIONE A POLÍCIA E FORME UM GRUPO DE PESSOAS INTERESSADAS EM REPRESENTAR E FORMALIZEM UM REGISTRO COLETIVO NO DP.
Tenha disposição para ir ao DP com os policiais e manifestar a indignação com os fatos, sempre que possível apresentando as provas e testemunhas.
Policial não é juiz e nem delegado, se você relata o crime e reconhece o autor, cabe ao policial conduzi-lo a autoridade de plantão (Delegado de Polícia), os julgamentos são reservados ao Juiz de Direito.
Delegado não é juiz, ele apenas recebe sua acusação e avalia a legitimidade, não cabe a ele dizer quem está certo ou errado, registra seu depoimento e autua aquele que desrespeitá-lo ou fizer declarações falsas. As posturas municipais, via de regra, devem ser cobradas das secretarias e das subprefeituras, apesar dos sites aceitarem solicitações e denúncias, o interessante é a manifestação coletiva e presencial exigindo soluções.
As solicitações devem ser fiscalizadas, portanto tenha sempre o número de protocolo de atendimento, caso o resultado não seja satisfatório, redirecione o problema a Ouvidoria Geral do Município.
Em ultima instância, esgotados todos os meios administrativos, deve ser consultado um advogado para ingressar com a ação pertinente e cobrar aquilo que não foi realizado, na esfera judicial, lembrando que os documentos referentes as solicitações são provas!
O importante é não ceder as provocações e em nenhuma hipótese atacar ou aceitar o embate direto com os bandidos e seus simpatizantes, o interesse deles é justamente ser vítima.
Torne o bandido um réu, nunca vítima.
Se a craco resiste, o cidadão insiste, mas na luta por justiça!
Juntos somos mais fortes!
Justiça!!